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História do Papel

 

Desde tempos remotos, o homem precisou registrar suas idéias por escrito. O pergaminho (produzido com peles de animais) foi um dos primeiros materiais utilizados para esse fim. Mais tarde, antes da era cristã, os egípcios descobriram que o papiro, planta nativa das margens do Nilo e pântanos da África, podia ser utilizado para o mesmo fim. A palavra papel vem de papiro.

Foi no ano 105, oficialmente, que se utilizou o papel pela primeira vez, embora ainda não fosse exatamente o papel como hoje é conhecido. O processo de fabricação era todo artesanal, mas supria as necessidades da época. Ts'Ai Lun, oficial do Império Chinês, foi quem desenvolveu a técnica.

Como se fazia papel antigamente

Era necessário colocar em um recipiente com água, cascas de amoreira, pedaços de bambu, rami, redes de pescar e roupas usadas. Depois, acrescentava-se cal, e todos esses materiais viravam uma pasta. Essa pasta era colocada em uma tela revestida com seda bem fina, para que o excesso de água escorresse. A folha era retirada da tela e posta em uma mesa para secar. O processo era repetido diversas vezes, até se juntar uma quantidade de folhas suficiente para ser colocada na prensa. Depois, as folhas ficavam em muros aquecidos, para a secagem final.

Durante 500 anos, só os chineses conheciam o processo de fabricação do papel. Mais tarde, o "segredo" foi introduzido no Japão (ano 610) e na Ásia Central (ano 750). Os árabes tiveram conhecimento da técnica desenvolvida pelos chineses quando, em uma batalha perto de Samarkand, capturaram alguns fabricantes de papel. A partir daí, o conhecimento difundiu-se até chegar à Europa, com os árabes que ocuparam a Península Ibérica.

Inovações

Como sempre acontece, o intenso intercâmbio de culturas de povos diferentes e as experiências e pesquisas ao longo dos anos foram aos poucos alterando e aperfeiçoando o processo de fabricação de papel. Veja algumas mudanças importantes que possibilitaram que o papel se tornasse o que é hoje - o veículo mais utilizado para registrar as idéias humanas:

  • Adição de amido para a colagem das fibras;
  • Adição de sobras de linho e cânhamo, além de outras fibras facilmente encontradas, às fibras originais;
  • Emprego de moinhos com martelos movidos a força hidráulica para desagregar as fibras vegetais;
  • Utilização de cola animal para colagem interna das folhas de papel;
  • Filigrana (marca d'água).

Madeira: a nova matéria-prima do papel

Durante a Revolução Industrial (meados do século XIX), a demanda de papel cresceu e ficou maior do que a oferta. Justamente dessa época data o descobrimento do uso da madeira como matéria-prima - verdadeiro divisor de águas na história do papel. Graças a isso, de artigo de luxo produzido em pouquíssima quantidade, o papel passou a ser produzido em larga escala, tornando-se acessível, mas sem perder o alto padrão de qualidade que o caracterizava na produção anterior.

O papel no Brasil

No Brasil, o papel chegou por iniciativa de Dom João VI. Em 1848, foi inaugurada na Bahia a primeira fábrica de papel brasileira, que utilizava fibras de bananeira como matéria-prima. Durante a Segunda Guerra Mundial, surgiu um grande problema: o Brasil não pôde contar com as importações da celulose utilizada para fazer papel, que vinha toda do exterior. Esse fato acabou por dar um novo impulso à fabricação nacional.

As primeiras árvores utilizadas na fabricação do papel em escala industrial foram o pinheiro e o abeto das florestas de coníferas, encontrados nas zonas do norte da Europa e da América do Norte. Hoje em dia, praticamente qualquer árvore poderia servir como matéria-prima, mas as mais utilizadas são o vidoeiro, a faia, o choupo preto, o bordo e principalmente o eucalipto, a partir dos anos 60.

A Suzano foi a primeira empresa a produzir papel de qualidade com 100% de celulose de eucalipto (1965).

A primeira máquina de fazer papel do mundo

A primeira máquina de fabricação de papel em folha contínua (Fournidrier) surgiu em 1798. O processo continua sendo utilizado nos dias de hoje. Outras máquinas foram desenvolvidas com o passar do tempo e também continuam a ser utilizadas na fabricação do papel.

A tecnologia avançou muito, tornando a produção mais rápida e a escala produzida milhares de vezes maior. Mas o processo desenvolvido pelos chineses ainda é basicamente o mesmo, com três etapas principais: preparação da massa, formação da folha e secagem. Uma das diferenças da fabricação do papel nos dias atuais é a matéria-prima da massa, que pode ser celulose, pasta de alto rendimento ou mesmo reaproveitamento de papéis usados. A Suzano foi a primeira empresa brasileira a produzir papel 100% reciclado em escala industrial (03/2001).